Read: Uma Vida Casta e Santa


UMA VIDA
CASTA E SANTA


EDITORA BAHÁ’Í
2001

(c) Copyright Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá’ís do Brasil

Título original: “A Chast and Holy Life”


Tradução: Rolf von Czékus
Exceto trechos já publicados em língua portuguesa

Revisão: Iradj Eghrari


Editora Bahá’í
Caixa Postal 198
13800-000 Mogi Mirim/SP

Tal vida casta e santa, implicando modéstia, pureza, temperança, decoro e uma mente sadia, exige nada menos que o exercício de moderação em tudo o que diz respeito ao vestuário, à linguagem, aos divertimentos e a todas as atividades artísticas e literárias. Requer uma vigilância diária no controle dos desejos carnais e das inclinações corruptas. Não admite conduta frívola, com seu excessivo apego a prazeres triviais e, muitas vezes, mal orientados. Exige abstenção total de bebidas alcoólicas, do ópio e de outras drogas semelhantes, formadoras do vício. Condena a prostituição da arte e da literatura, a prática do nudismo e da coabitação, a infidelidade em relações maritais e toda espécie de promiscuidade, de excessiva liberdade e de vício sexual...

(“O Advento da Justiça Divina”, Editora Bahá’í do Brasil, 1977, p. 47-48)

Índice

INTRODUÇÃO

Anexamos cópia de uma nova compilação intitulada “Uma Vida Casta e Santa”, a qual foi preparada pelo Departamento de Pesquisas por solicitação da Casa Universal de Justiça.

Dado o rápido declínio dos padrões morais no mundo, a Casa de Justiça nos instruiu a enfatizar que ela considera tanto necessário como oportuno os amigos bahá’ís aumentarem a sua compreensão e reforçarem a sua adesão ao padrão de uma vida casta e santa que é defendido em nossos Ensinamentos. Com esta finalidade, a Casa de Justiça urge às Assembléias Espirituais Nacionais para disponibilizarem a compilação aos amigos, na mais ampla escala possível, traduzindo-a, se necessário, total ou parcialmente, nas línguas principais do país. Também é importante que os amigos sejam encorajados a estudar as implicações apresentadas nestes textos e a esforçarem-se tenazmente a exemplificar estes nobres padrões em suas vidas pessoais.

Visto que o âmbito das atividades e dos projetos nos quais a comunidade bahá’í se empenha, continua necessariamente a se expandir e a se diversificar, a Casa de Justiça crê ser vital que os ensinamentos morais e éticos de nossa Fé não sejam nem ignorados nem considerados por engano como sendo de importância menor que nossos ensinamentos sociais, administrativos e metafísicos. Na verdade, Shoghi Effendi, em uma carta escrita em seu nome, enfatizou a necessidade de um tal equilíbrio e de se dar uma importância adequada aos princípios morais da Fé.

Demasiada ênfase, com freqüência, é colocada nos aspectos sociais e econômicos dos Ensinamentos; não é possível, no entanto, enfatizar suficientemente o aspecto moral.

No clima atual de declínio moral e social, numa época em que, no mundo em geral, decadência moral, hipocrisia e transigência são endêmicas, e palavras não corroboradas por ações perderam o seu valor, os crentes são desafiados a se tornarem “bahá’ís tanto em caráter como em crença”, a se esforçarem resolutamente para exemplificar o padrão bahá’í, a se tornarem distintos por sua excelência moral, e a demonstrarem, pela qualidade de suas vidas individuais e pela natureza de sua vida comunitária bahá’í, o poder vitalizador da Causa, não só para trazer paz, segurança e verdadeira felicidade espiritual ao coração de cada um, mas para igualmente transformar a sociedade. Shoghi Effendi repetidamente enfatizou a importância da força do exemplo. Uma carta escrita em seu nome declara:

Sua constante esperança é que os crentes se conduzam, individualmente e em sua vida comunitária bahá’í, de tal modo a atrair a atenção de outros para a Causa. O mundo não só sofre pela falta de princípios e ideais sublimes, mas, acima de tudo, sofre pela falta de um exemplo cintilante o qual os bahá’ís podem e têm que prover.

(Carta escrita pelo Departamento do Secretariado da Casa Universal de Justiça, datada de 30 de setembro de 1988, a todas as Assembléias Espirituais Nacionais.)

O PADRÃO BAHÁ’Í

A Natureza da Lei Bahá’í

Aqueles que Deus dotou de discernimento prontamente reconhecerão que os preceitos por Ele estabelecidos constituem os instrumentos supremos para a manutenção da ordem no mundo e a segurança de seus povos...
Ó vós, povos do mundo! Sabei com certeza que Meus mandamentos são as lâmpadas de Minha amorosa providência entre os Meus servos e as chaves de Minha clemência para as Minhas criaturas. Eis o que se fez descer do céu da vontade de vosso Senhor, o Senhor da Revelação...
Dize: de Minhas leis pode-se inalar a doce fragrância de Meu manto e com sua ajuda os pendões da vitória cravar-se-ão sobre os mais altos picos. A língua de Meu poder, do céu de Minha glória onipotente, dirigiu à Minha criação estas palavras: “Observai os Meus mandamentos por amor à Minha beleza”. Feliz o apaixonado que dessas palavras inalou a fragrância divina de seu Mais-Amado, plenas que são do perfume de uma graça indizível. Por Minha vida! Quem sorver o vinho seleto da eqüidade, oferecido pelas mãos de Meu generoso favor, mover-se-á em torno de Meus mandamentos, que brilham sobre o horizonte de Minha criação.
Não penseis que Nós vos revelamos um mero código de leis. Não! Mais do que isso: deslacramos o Vinho seleto com os dedos da grandeza e do poder. Disso dá testemunho o que a Pena da revelação manifestou. Meditai sobre isso, ó homens de discernimento!
(“O Kitáb-i-Aqdas”, Editora Bahá’í do Brasil, 1995, p. 17-18)

Da mesma maneira como existem leis governando nossas vidas físicas, exigindo que devamos suprir nossos corpos com certas comidas, mantê-los dentro de certos limites de temperatura, e assim por diante, se desejamos evitar incapacidades físicas, também existem leis governando nossas vidas espirituais. Estas leis são reveladas à humanidade em cada época pela Manifestação de Deus, e obediência a elas é de vital importância, para que cada ser humano, e a humanidade como um todo, possam se desenvolver correta e harmoniosamente. Além disso, estes diversos aspectos são interdependentes. Se um indivíduo infringe as leis espirituias destinadas ao seu próprio desenvolvimento, causará dano não somente a si mesmo, mas à sociedade em cujo meio vive. De maneira semelhante, a condição da sociedade tem um efeito direto sobre os indivíduos que têm que viver em seu meio.
(De uma carta datada de 6 de fevereiro de 1973, escrita pela Casa Universal de Justiça a todas as Assembléias Espirituais Nacionais, publicada em “Uma Nova Raça de Homens”, Editora Bahá’í do Brasil, 1984, p. 9)

Consideramos suas diversas cartas e tomamos conhecimento de suas perguntas e de seu sentimento de que muitos jovens bahá’ís em... estão confusos e estão pedindo orientação em linguagem simples e clara, sobre como enfrentar situações diárias, particularmente aquelas envolvendo sexo.
Não é possível, nem tampouco desejável, que a Casa Universal de Justiça determine um conjunto de regras abrangendo cada situação. Pelo contrário, é tarefa do crente determinar, de acordo com sua própria devota compreensão das Escrituras, precisamente, qual deveria ser a sua linha de conduta em relação às situações com as quais se depara em sua vida diária. A fim de que possa realizar na vida sua verdadeira missão como um seguidor da Abençoada Perfeição, ele irá moldar sua vida de acordo com os Ensinamentos. O crente não pode alcançar este objetivo meramente vivendo de acordo com um conjunto de rígidos regulamentos. Quando sua vida está orientada no sentido de serviço a Bahá’u’lláh, e quando cada ato consciente é realizado dentro desta estrutura conceitual, não falhará em alcançar o verdadeiro propósito de sua vida.
Todo crente deve, portanto, estudar continuamente os Escritos sagrados e as instruções do amado Guardião, esforçando-se sempre para alcançar uma nova e melhor compreensão de sua importância para si e para sua sociedade. Deve orar fervorosamente em busca de Orientação Divina, de sabedoria e força para fazer o que é agradável a Deus, e de servi-Lo em todos os tempos e com sua habilidade máxima.
(De uma carta datada de 17 de outubro de 1988, escrita pela Casa Universal de Justiça a um crente – 1º e 2º parágrafos publicados em “Uma Nova Raça de Homens”, p. 54)

No que se refere à castidade, este é um dos conceitos mais desafiadores para se fazer convencer nesta era tão permissiva, porém, os bahá’ís têm que se esforçar ao máximo para preservar os padrões bahá’ís, não importa quão difíceis possam eles parecer no início. Tais esforços se tornarão mais fáceis se a juventude vier a compreender que as leis e os padrões da Fé têm o propósito de liberá-los de incontáveis dificuldades espirituais e morais, da mesma maneira que uma consideração adequada das leis da natureza capacita o indivíduo a viver em harmonia com as forças do planeta.
(De uma carta datada de 14 de janeiro de 1985, escrita pela Casa Universal de Justiça a um crente)


A Verdadeira Liberdade

Considerai a mesquinhez do juízo dos homens! Pedem o que lhes traz dano e desprezam o que lhes é proveitoso... Sabei vós que a personificação e símbolo da liberdade é o animal. O que convém ao homem é a submissão àquelas restrições que o protejam de sua própria ignorância e guardem-no do dano causado pelos malévolos. A liberdade faz o homem transpor os limites do decoro e violar a dignidade da sua posição. Rebaixa-o à depravação e malícia extremas.
Considerai os homens como um rebanho de ovelhas que necessitam de um pastor que as proteja. Isso realmente é a verdade, a verdade certa. Aprovamos a liberdade em certas circunstâncias e recusamo-Nos a sancioná-la em outras. Nós, em verdade, somos o Onissapiente.
Dize: A verdadeira liberdade consiste na submissão do homem aos Meus mandamentos, conquanto não o percebais. Observassem os homens o que Nós lhes enviamos do Céu da Revelação, eles, com toda certeza, atingiriam a liberdade perfeita. Feliz quem apreende o Desígnio de Deus em tudo o que Ele revelou do Céu de Sua Vontade, a qual permeia todas as coisas criadas. Dize: A liberdade que vos é proveitosa só se encontra em completa servitude a Deus, a Verdade Eterna. Quem experimentar a sua doçura recusará trocá-la por todo o domínio da terra e do céu.
(“O Kitáb-i-Aqdas”, p. 51)

... no que respeita aos povos que clamam por liberdade: a liberdade moderada que garante o bem-estar do mundo humano e mantém e preserva as relações universais, está presente na plenitude máxima de seu vigor e extensão, nos princípios de Bahá’u’lláh.
(“Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá”, Editora Bahá’í do Brasil, 1993, p. 278)


O Padrão Bahá’í de Castidade

Os escolhidos de Deus... não devem olhar para a condição depravada da sociedade em que vivem, nem para as evidências de degradação moral e de conduta frívola que as pessoas ao seu redor exibem. Não devem se contentar meramente com distinção e excelência relativas. Preferivelmente devem fixar seu olhar em alturas mais nobres definindo os conselhos e exortações da Pena de Glória como sua meta suprema. Então, prontamente, dar-se-ão conta de quão numerosos são os estágios que ainda permanecem para serem atravessados e quão distante se encontra a meta desejada – uma meta que é nada menos que a exemplificação da moral e das virtudes celestiais.
(De uma carta datada de 30 de outubro de 1924, escrita por Shoghi Effendi à Assembléia Espiritual Local de Teerã, traduzida do persa)

Temos de lembrar, entretanto, que a manutenção de tão elevadas normas de conduta moral não deve ser associada ou confundida com qualquer forma de ascetismo ou de puritanismo excessivo, fanático. A norma inculcada por Bahá’u’lláh não visa, sob quaisquer circunstâncias, negar a pessoa alguma o legítimo direito e privilégio de derivar ao máximo as vantagens e os benefícios dos múltiplos encantos, belezas e prazeres com os quais um amoroso Criador tão abundantemente enriqueceu o mundo. “Se um homem”, assegura-nos o próprio Bahá’u’lláh, “deseja adornar-se com os ornamentos da Terra, usar as vestes ou participar dos benefícios que ela pode conceder, nenhum mal lhe pode sobrevir, contanto que não permita que coisa alguma intervenha entre si e Deus, pois Deus ordenou cada coisa boa, quer criada no céu ou na Terra, para aqueles de Seus servos que nEle, verdadeiramente, crêem. Alimentai-vos, ó povo, com as boas coisas que Deus vos concedeu e não vos priveis de suas maravilhosas dádivas. Agradecei e louvai a Ele e sede dos sinceramente gratos.
(“O Advento da Justiça Divina”, p. 52-53)

O padrão bahá’í é muito elevado, mais especificamente quando comparado com a moral completamente apodrecida do mundo atual. Todavia, este nosso padrão produzirá pessoas mais saudáveis, felizes e nobres, e irá gerar casamentos mais estáveis.
(De uma carta datada de 19 de outubro de 1947, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente – citada em “Uma Nova Raça de Homens”, p. 53)

UMA VIDA CASTA E SANTA

Definição

Tal vida casta e santa, implicando modéstia, pureza, temperança, decoro e uma mente sadia, exige nada menos que o exercício de moderação em tudo o que diz respeito ao vestuário, à linguagem, aos divertimentos e a todas as atividades artísticas e literárias. Requer uma vigilância diária no controle dos desejos carnais e das inclinações corruptas. Não admite conduta frívola, com seu excessivo apego a prazeres triviais e, muitas vezes, mal orientados. Exige abstenção total de bebidas alcóolicas, do ópio e de outras drogas semelhantes, formadoras do vício. Condena a prostituição da arte e da literatura, a prática do nudismo e da coabitação, a infidelidade em relações maritais e toda espécie de promiscuidade, de excessiva liberdade e de vício sexual. Não pode tolerar nenhuma complacência para com as teorias, os padrões, os hábitos e excessos de uma era decadente. Não, antes, procura demonstrar, pela força dinâmica de seu exemplo, o caráter pernicioso de tais teorias, a falsidade de tais padrões, a vacuidade dessas pretensões, a perversidade desses hábitos e o caráter sacrílego desses excessos.
(“O Advento da Justiça Divina”, p. 47-48)

Castidade

... É Meu verdadeiro seguidor aquele que, se vier a um vale de puro ouro, passará adiante, tão alheio como uma nuvem, não virando para trás nem fazendo pausa. Tal homem, seguramente, é de Mim. De suas vestes poderá a Assembléia no alto inalar a fragrância da santidade... E se ele encontrasse a mais bela e graciosa das mulheres, não sentiria o coração seduzido, nem por uma ligeira sombra de desejo pela sua beleza. Tal homem, realmente, é a criação da imaculada castidade. Assim vos instrui a Pena do Ancião dos Dias, segundo ordenado pelo vosso Senhor, o Onipotente, o Todo-Generoso.
(“Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh”, Editora Bahá’í do Brasil, 1977, seção LX, p. 81)

A pureza e a castidade têm sido, e ainda o são, os ornamentos supremos para as servas de Deus. Deus é Minha testemunha! O esplendor da luz da castidade difunde sua iluminação sobre os mundos do espírito e sua fragrância é levada até o Mais Excelso Paraíso.
(Bahá’u’lláh, citado em “O Advento da Justiça Divina”, p. 51)

No que diz respeito aos aspectos positivos da castidade, a Casa Universal de Justiça declara que a Fé Bahá’í reconhece o valor do impulso sexual e sustenta que a instituição do casamento foi estabelecida como um canal para sua expressão legítima. Os bahá’ís não crêem que o impulso sexual deva ser suprimido senão que deva ser regulado e controlado.
Castidade de forma alguma implica em retração de relacionamentos humanos. Libera as pessoas da tirania da ubiqüidade do sexo. Uma pessoa que tem controle de seus impulsos sexuais é capaz de ter amizades profundas e duradouras com muitas pessoas, tanto homens como mulheres, sem jamais macular aquele elo único e inestimável que deve unir marido e mulher.
(De uma carta datada de 8 de maio de 1979, escrita em nome da Casa Universal de Justiça a um crente)


Moderação

O que passar além dos limites da moderação deixará de exercer uma influência benéfica. Considerai, por exemplo, a liberdade, a civilização e coisas semelhantes. Não importa quão favoravelmente sejam consideradas por homens de entendimento, se forem levadas a um extremo, exercerão sobre os homens uma influência perniciosa.
(“Epístolas de Bahá’u’lláh”, Editora Bahá’í do Brasil, 1983, p. 188)

É deixada à discrição dos homens a escolha das vestes, bem como o corte da barba e seu trato. Mas acautelai-vos, ó povo, para que não vos façais objetos de ludíbrio por parte daqueles que carecem de conhecimento.
(“Epístolas de Bahá’u’lláh”, p. 31-32)

A expressão humana é uma essência que aspira a exercer sua influência e que necessita de moderação. Quanto à sua influência, é condicionada às nobres qualidades, as quais, por sua vez, dependem de corações desprendidos e puros. Quanto à sua moderação, esta deve ser combinada com tato e sabedoria, assim como prescrevem as Sagradas Escrituras e Epístolas.
(“Epístolas de Bahá’u’lláh”, p. 192)

Nós vos tornamos lícito ouvir música e canto. Atentai, porém, para que isso não vos leve a violar os limites do decoro e da dignidade. Seja vossa alegria a alegria que nasce de Meu Nome Supremo, Nome que enleva o coração e extasia as mentes de todos que de Deus se aproximaram.
(“O Kitáb-i-Aqdas”, p. 31)

Nos Ensinamentos não há nada contra dançar, mas os amigos devem se lembrar que o padrão de Bahá’u’lláh é modéstia e castidade. A atmosfera dos modernos salões de baile, onde se fuma e bebe tanto e existe tanta promiscuidade, é muito ruim, porém, danças decentes não são prejudiciais por si mesmas. Não existe certamente nenhum mal em dança clássica ou em participar em aulas de dança. Também não há nenhum mal em participar de teatro. Igualmente em ser ator de cinema. Hoje em dia, o que é nocivo não é a arte em si mesma, mas a corrupção, que com freqüência cerca estas artes. Como bahá’ís, não precisamos evitar qualquer uma das artes, porém, devemos evitar os atos e a atmosfera que algumas vezes acompanham estas profissões.
(De uma carta datada de 30 de junho de 1952, escrita em nome de Shoghi Effendi a uma Assembléia Espiritual Nacional)


Vigilância Diária dos Atos

Levantai-vos, ó povo, e, mediante a grandeza do poder de Deus, resolvei ganhar a vitória sobre vós mesmos, para que toda a terra talvez se possa livrar e santificar de sua sujeição aos deuses de suas fantasias – deuses que já infligiram tão grande prejuízo a seus infelizes devotos e que são responsáveis pela sua miséria. Esses ídolos formam o obstáculo que impediu o homem em seus esforços para progredir no caminho da perfeição.
(“Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh”, seção XLIII. p. 67)

Ó FILHO DO SER!

Examina-te a ti mesmo, cada dia, antes de seres instado a prestar contas, porque a morte, sem prenúncio, te haverá de sobrevir e serás chamado a responder por teus atos.
(“As Palavras Ocultas de Bahá’u’lláh”, do árabe, nº31,
Editora Bahá’í do Brasil, 1999, p. 32)

Pois o desejo é uma chama que tem reduzido a cinzas incontáveis colheitas de toda uma vida dos eruditos, um fogo devorador que até mesmo o vasto mar de seu conhecimento acumulado jamais pode extinguir. Quão freqüentemente ocorreu que um indivíduo que foi agraciado com todos os atributos da humanidade e usava jóia da verdadeira compreensão, ainda assim, deixou-se levar por suas paixões até que suas excelentes qualidades foram para além da moderação e viu-se forçado a excessos. Suas intenções puras foram transformadas em más, seus atributos não mais foram utilizados para fins dignos deles, e a força de seus desejos o afastaram da justeza e suas recompensas, dirigiram-se a caminhos que eram perigosos e sombrios. Um bom caráter, aos olhos de Deus e de Seus escolhidos e dos dotados de discernimento, é de todas as coisas a mais excelente e digna de louvor, porém sempre condicionado a que seu centro de emanação seja a razão e o conhecimento e sua base seja a verdadeira moderação.
(“The Secret of Divine Civilization”, Wilmette: Bahá’í Publishing Trust, 2ª ed.,
1983, p. 59-60)


Abandono de Conduta Frívola

Ó MEU AMIGO!

Tu és o sol dos céus de Minha santidade; não permitas que a corrupção do mundo eclipse teu esplendor. Rompe o véu da negligência, para que possas emergir resplandecente, de trás das nuvens, e adornar todas as coisas com as vestes da vida.
(“As Palavras Ocultas de Bahá’u’lláh”, do persa, nº73, p. 82)

Livrai-vos de todo apego a este mundo e suas vaidades. Acautelai-vos para que delas não vos aproximeis, desde que vos levam a ser guiados por vossa própria lascívia e vossos desejos cobiçosos, impedindo-vos de entrar no Caminho reto e glorioso.
(“Seleções dos Escritos de Bahá’u’lláh”, seção CXXVIII, p. 173-174)

Nas páginas 47 e 48 de “O Advento da Justiça Divina”, o amado Guardião descreve os requisitos não só da castidade, mas de “uma vida casta e santa” – ambos os adjetivos são importantes. Um dos sinais de uma sociedade decadente, um sinal que é muito evidente no mundo hoje em dia, é uma devoção quase frenética ao prazer e à diversão, uma sede insaciável de entretenimento, uma devoção fanática a jogos e esportes, uma relutância em tratar qualquer assunto com seriedade, e uma atitude desdenhosa, zombeteira, com respeito a virtude e valor sólido. O abandono de uma “conduta frívola” não implica que um bahá’í tenha que ser uma pessoa de cara amarrada ou perpetuamente solene. Humor, felicidade e alegria são características de uma verdadeira vida bahá’í. A frivolidade enfastia e finalmente leva ao tédio e ao vazio, porém, a verdadeira felicidade, alegria e humor, que são partes de uma vida equilibrada que inclui pensamentos sérios, compaixão e humilde servitude a Deus, são características que enriquecem a vida e acrescem à sua radiância.
A escolha de palavras por Shoghi Effendi sempre foi significativa e cada uma delas é importante na compreensão de sua orientação. Neste trecho específico, ele não proíbe prazeres “triviais”, porém previne contra “excessivo apego” aos mesmos e indica que eles podem, muitas vezes, ser “mal orientados”. Lembremos da advertência de ‘Abdu’l-Bahá de não deixarmos um passatempo transformar-se em um desperdício de tempo.
(De uma carta datada de 8 de maio de 1979, escrita em nome da Casa Universal de Justiça a um crente)


Álcool

Inebriai-vos com o vinho do amor de Deus e não com aquilo que vos amortece as mentes, ó vós que O adorais! Verdadeiramente, isto foi proibido a todo crente, quer homem ou mulher.
(Bahá’u’lláh, citado em “O Advento da Justiça Divina”, p. 52)

O uso do vinho é proibido, segundo o texto do Sacratíssimo Livro, porque é causa de enfermidades crônicas, enfraquece os nervos e consome a mente.
(‘Abdu’l-Bahá, citado em “O Advento da Justiça Divina”, p. 51)


Drogas

Quanto ao ópio, é abominável e amaldiçoado. Que Deus nos proteja da punição que Ele inflige a quem o usa. De acordo com o explícito Texto do Mais Sagrado Livro ele é proibido e seu uso é absolutamente condenado. O raciocínio mostra que o uso do ópio é uma espécie de demência, e a experiência atesta que quem o usa é completamente excluído do reino humano. Que Deus proteja todos contra a perpetração de um ato tão hediondo como esse, um ato que arruína o próprio alicerce daquilo que constitui ser-se humano, e faz quem o usa permanecer para sempre privado. Pois o ópio prende-se à alma, tanto que morre a consciência de quem o usa, apaga-se sua mente, e suas percepções são destruídas. Transforma em mortos os vivos. Extingue o calor natural. Não se pode conceber maior dano do que aquele que o ópio inflige. Felizes os que nunca lhe mencionam o nome – considerai, pois, como é infeliz quem o usa.
(“Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá”, p. 133-134)

Quanto ao haxixe, chamastes a atenção para o fato que alguns persas tornaram-se habituados ao seu uso. Meu Deus! Este é o pior de todos os tóxicos e sua proibição foi explicitamente revelada. Seu uso causa a desintegração do pensamento e o completo torpor da alma. Como poderia alguém procurar esta fruta da árvore infernal, e partilhando dela, ser levado a exemplificar as qualidades de um monstro? Como poderia alguém usar esta droga proibida, e assim privar-se das bênçãos do Todo-Misericordioso?...
O álcool consome a mente e leva o homem a cometer atos absurdos, porém... este iníquo haxixe extingue a mente, congela o espírito, petrifica a alma, destrói o corpo e deixa o homem frustrado e perdido.
(‘Abdu’l-Bahá, de uma Epístola traduzida do persa)

No que diz respeito às assim chamadas virtudes “espirituais” dos alucinógenos,... a estimulação espiritual deve vir do ato de volvermos nosso coração para Bahá’u’lláh e não através de meios físicos como drogas e agentes químicos. Da descrição dada em sua carta parece que agentes alucinógenos são uma forma de tóxico. Desde que se exige dos amigos, inclusive da juventude, a estrita abstenção de todas as formas de tóxicos e, além disso, espera-se deles que conscienciosamente obedeçam à lei civil de seu país, é obvio que devem se abster de usar estas drogas.
Uma responsabilidade muito grande quanto à paz e bem-estar futuros do mundo é arcada pela juventude de hoje. Que a juventude bahá’í, pelo poder da Causa que advoga, seja o exemplo cintilante para seus companheiros.
(De uma carta datada de 15 de abril de 1965, escrita pela Casa Universal de Justiça a uma Assembléia Espiritual Nacional)

Os bahá’ís não devem usar agentes alucinógenos, incluindo LSD, peiote e substâncias similares, exceto quando prescrito como tratamento médico. Tampouco devem se envolver em experiências com tais substâncias.
(De uma carta datada de 11 de janeiro de 1967, escrita pela Casa Universal de Justiça a uma Assembléia Espiritual Nacional)


A Atitude Bahá’í com Relação a Sexo

Resumidamente, a concepção bahá’í sobre sexo é baseada na crença de que a castidade deveria ser estritamente observada por ambos os sexos, não só por ser em si mesma eticamente muito louvável, mas, também, por ser a única maneira para uma vida conjugal feliz e bem sucedida. Portanto, relações sexuais, de qualquer tipo, fora do casamento, não são permissíveis e, quem quer que infrinja esta regra, não só será responsável perante Deus, mas incorrerá também, na punição necessária por parte da sociedade.
A Fé Bahá’í reconhece o valor do impulso sexual, mas condena suas expressões ilegítimas e impróprias, tais como, o amor livre e outras, todas as quais considera definitivamente prejudiciais ao homem e à sociedade na qual ele vive. O uso apropriado do instinto sexual é direito natural de cada indivíduo e é precisamente por esta razão que a instituição do casamento foi estabelecida. Os bahá’ís não crêem na supressão do impulso sexual, mas, sim, na sua regulação e controle.
(De uma carta datada de 5 de setembro de 1938, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente, publicada em “Uma Nova Raça de Homens”, p. 11)

No que se refere a sua pergunta, se existem quaisquer formas legítimas de expressão do instinto sexual fora do casamento; de acordo com os Ensinamentos Bahá’ís, nenhum ato sexual pode ser considerado lícito, a menos que seja realizado entre pessoas legitimamente casadas. Fora da vida conjugal, não pode haver uso lícito ou saudável do impulso sexual. Por um lado, deveria ser ensinada à juventude bahá’í a lição do auto-controle que, quando exercitada, indubitavelmente tem um efeito salutar no desenvolvimento do caráter e, em geral, da personalidade. Por outro lado, deveria ser aconselhada, não só isso, mas até encorajada, a contrair matrimônio enquanto ainda jovem e de posse de seu total vigor físico. Fatores econômicos, sem dúvida, são freqüentemente um empecilho sério ao casamento quando se é jovem mas, na maioria dos casos, são somente uma desculpa e, como tais, não deveriam ser excessivamente enfatizados.
(De uma carta datada de 13 de dezembro de 1940, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente, publicado em “Uma Nova Raça de Homens”, p. 12-13)

Castidade implica em uma vida sexual pura e casta tanto antes como depois do casamento. Antes do casamento, absolutamente casta; após o casamento, absolutamente fiel ao nosso companheiro escolhido. Fiel em todos os atos sexuais, fiel em palavras e ações.
O mundo hoje em dia está submerso, entre outras coisas, em um exagero excessivo da importância do amor físico e uma carência de valores espirituais. Na medida do possível, os crentes deveriam tentar se conscientizar disto e elevar-se acima do nível de seus concidadãos que estão dando uma ênfase demasiada ao lado puramente físico da união, o que é típico de todos os períodos decadentes da história. Fora de sua vida conjugal normal e legítima, deveriam procurar estabelecer laços de companheirismo e amor que sejam eternos e baseados na vida espiritual do homem, e não em sua vida física. Este é um dos muitos campos em que incumbe aos bahá’ís dar o exemplo e assumir a liderança para um padrão de vida verdadeiramente humano, quando a alma do homem é exaltada e seu corpo, tão somente, a ferramenta para seu espírito esclarecido. Desnecessário é dizer que isto não impede que se viva uma vida sexual perfeitamente normal, através da legítima via do casamento.
(De uma carta datada de 28 de setembro de 1941, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente, publicado em “Uma Nova Raça de Homens”, p. 11-12)


Práticas Imorais são Condenadas

Vos é proibido o adultério, a sodomia e a luxúria. Evitai isto, ó concurso dos fiéis. Pela justeza de Deus! Fostes criados para purgar o mundo da profanação das más paixões. Isto é o que o Senhor de toda a humanidade vos prescreveu, se apenas o pudésseis perceber. Aquele que se relaciona ao Todo-Misericordioso e comete atos satânicos, verdadeiramente, não Me pertence. Disto dá testemunho todo átomo, seixo, árvore e fruto; além deles, esta Língua eloqüente, verdadeira e fidedigna.
(Bahá’u’lláh, de uma Epístola traduzida do árabe)

Quando nos conscientizamos que Bahá’u’lláh enuncia que o adultério retarda o progresso da alma na vida do além – de tão deplorável que é – e que o consumo de bebidas alcóolicas destrói a mente, e que nem ao menos delas devemos nos aproximar, vemos quão explícitos são nossos ensinamentos a respeito destes assuntos.
(De uma carta datada de 30 de setembro de 1949, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente)

Entre os muitos outros males que afligem a sociedade, neste baixo nível espiritual da história, está a questão da imoralidade e demasiada ênfase do sexo. Homossexualidade, de acordo com os Escritos de Bahá’u’lláh, é espiritualmente condenada. Isso não quer dizer que as pessoas que estão atormentadas desta maneira não devem ser ajudadas, aconselhadas e que se tenha compaixão delas. Significa, sim, que não cremos ser uma maneira de vida permissível, o que, infelizmente, é a atitude adotada hoje em dia com demasiada freqüência.
Devemos lutar contra os males existentes na sociedade com meios espirituais, assim como sociais e médicos. Devemos ser tolerantes e compreensivos mas inflexíveis e irredutíveis em relação ao nosso ponto de vista.
(De uma carta datada de 21 de maio de 1954, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente)

Muitos problemas sexuais, tais como homossexualidade e transexualidade, muito bem podem ter aspectos médicos, e, em tais casos, certamente se deveria recorrer à melhor assistência médica. Porém, de acordo com a instrução de Bahá’u’lláh, é evidente que homossexualidade não é uma condição com a qual alguém se deva conformar, mas, sim, é uma distorção da natureza dele ou dela, que deveria ser controlada e superada. Isso pode exigir uma árdua luta, mas assim também pode ser a luta de uma pessoa heterossexual para controlar os seus desejos. O exercício do auto-controle nisso, como em tantos outros aspectos da vida, tem um efeito benéfico sobre o progresso da alma. Além disso, deve se ter em mente que, embora seja altamente desejável que se seja casado, o que Bahá’u’lláh enfaticamente recomendou, não é o propósito central da vida. Se uma pessoa tem que esperar um período considerável antes de encontrar um esposo, ou se, finalmente, ele ou ela têm que permanecer solteiro, não significa que desse modo ele ou ela seja incapaz de cumprir com seu propósito na vida.
(De uma carta datada de fevereiro de 1973, escrita pela Casa Universal de Justiça a todas as Assembléias Espirituais Nacionais, publicada em “Uma Nova Raça de Homens”, p. 13-14)

Sua carta solicitando referências diretas ou indiretas nos Escritos da Fé quanto a estupro ou assédio sexual foi encaminhada ao Departamento de Pesquisa e fomos solicitados a transmitir-lhe os seguintes comentários.
A “luxúria” é claramente proibida por Bahá’u’lláh (veja “Epístola ao Filho do Lobo”, Editora Bahá’í do Brasil, 1997, p. 59) e Shoghi Effendi declarou que “uma vida casta e santa”, de acordo com os ensinamentos da Fé, implica numa condenação de “toda espécie” de “vício sexual”. (veja “O Advento da Justiça Divina”, p. 47-48)
No que diz respeito ao conteúdo do Kitáb-i-Aqdas, uma das estipulações do Livro Mais Sagrado é “não se entregar às paixões” (veja “Sinopse e Codificação das Leis e Determinações no Kitáb-i-Aqdas”, Editora Bahá’í do Brasil, 1985, p. 69). Ademais, referência deve ser feita a uma das “proibições” mencionadas na página 66 da “Sinopse”, a saber, “adultério”. Esta palavra aparece desta forma neste livro porque registros em uma sinopse devem ser necessariamente curtos e, de acordo com a palavra original empregada por Bahá’u’lláh no Aqdas, isto é, “ziná”, adultério é geralmente e principalmente intencional. Entretanto, isso de forma alguma abrange todos os significados do conceito de “zinᔠna linguagem legal usada em árabe e em persa. Uma das formas de “zinᔠ– isto é, quando o intercurso sexual ilícito é realizado por meio da força ou violência – é estupro ou assédio sexual.
Quanto à punição para tais atos como estupro, estes serão determinados no futuro pela Casa Universal de Justiça.
(De uma carta datada de 8 de junho de 1982, escrita em nome da Casa Universal de Justiça a um crente)


Aplicação do Princípio de uma Vida Casta e Santa

... ?castidade absoluta? se refere principal e diretamente à juventude bahá’í, a qual pode contribuir de um modo tão decisivo à virilidade, à pureza e à força motriz da vida da comunidade bahá’í e de quem deverá depender a futura orientação de seu destino, bem como o desenvolvimento completo das potencialidades de que Deus a dotou. ...

Quanto a uma vida casta e santa, deve ser considerada um fator não menos essencial – um que há de contribuir devidamente para fortalecer e vitalizar a comunidade bahá’í, sendo que disso dependerá, por sua vez, o êxito de qualquer plano ou empreendimento bahá’í. ... Todos, sejam homens ou mulheres – nesta hora agourenta em que as luzes da religião minguam e suas restrições, uma por uma, estão sendo abolidas – devem fazer uma pausa a fim de se examinarem, averiguarem sua conduta e, com característica resolução, levantarem-se para expurgar a vida de sua comunidade de todo traço de lassidão moral que pudesse macular o nome ou diminuir a integridade de uma Fé tão santa e preciosa.
Uma vida casta e santa deve vir a ser o princípio que guie a conduta de todos os bahá’ís, tanto em suas relações com os membros de sua própria comunidade, como em seu contato com o mundo afora. Deve adornar e reforçar a incessante faina e os esforços meritórios daqueles cuja invejável missão é difundir a Mensagem da Fé instituída por Bahá’u’lláh e administrar os seus assuntos. Deve ser mantida, em toda a sua integridade e todas as suas implicações, em cada fase da vida dos que preenchem as fileiras desta Fé, quer seja em seus lares ou suas viagens, em seus clubes, sociedades, diversões, escolas ou universidades. Devemos dar a isto especial consideração ao dirigirmos as atividades sociais de todas as escolas de verão bahá’ís e em qualquer ocasião em que a vida da comunidade bahá’í seja organizada e promovida. Isto deve ser íntima e continuamente identificado com a missão da juventude bahá’í, quer seja como elemento na vida da comunidade bahá’í ou como fator no futuro progresso e orientação da juventude de seu próprio país.
(“O Advento da Justiça Divina”, p. 36, 46-47)

A FORÇA DO EXEMPLO


Um Caráter Louvável

Se alguém, neste Dia, levantar-se para promover Nossa Causa, convocando em seu auxílio as hostes de um caráter louvável e conduta íntegra, a influência que emana de tal ação será difundida, com absoluta certeza, pelo mundo inteiro.
(“Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh”, seção CXXXI, p. 180)

Um bahá’í é conhecido pelos atributos por ele manifestados, não por seu nome; ele é reconhecido por seu caráter, não por sua pessoa.
(‘Abdu’l-Bahá, de uma Epístola traduzida do persa)

... através da preservação da lei bahá’í, apesar de todas as dificuldades, não só fortalecemos nosso próprio caráter mas, também, influenciamos aqueles ao nosso redor.
(De uma carta datada de 6 de fevereiro de 1973, escrita pela Casa Universal de Justiça a todas as Assembléias Espirituais Nacionais, publicada em “Uma Nova Raça de Homens”, p. 10)


A Importância dos Atos


Ó FILHO DE MINHA SERVA!

A orientação sempre tem sido dada através de palavras, mas agora é dada por ações. Cada um deve manifestar ações que sejam puras e santas, pois palavras pertencem a todos, igualmente, mas ações como estas são próprias só de Nossos bem-amados. Esforçai-vos, então, de coração e alma, a fim de vos distinguirdes pelos vossos atos. Assim Nós vos aconselhamos nesta Epístola santa e resplandecente.
(“As Palavras Ocultas de Bahá’u’lláh”, do persa, nº76, p. 83)

Um só ato reto é dotado de uma potência suficiente para elevar o pó e fazê-lo passar além do céu dos céus, para romper todo vínculo e restaurar a força que se gastou e que desvaneceu...
Sê puro, ó povo de Deus, sê puro; sê reto, sê reto...
(“Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh”, seção CXXXI, p. 180)

O Guardião tem insistido, reiteradamente, na preeminente necessidade da Juventude Bahá’í exemplificar os Ensinamentos, mais especificamente os seus aspectos morais. Se não se distinguirem por sua nobre conduta, não podem esperar que outros jovens considerem a Causa com grande seriedade.
Ele sinceramente concorda consigo que se não praticarmos os Ensinamentos, não podemos esperar que a Fé cresça, porque o propósito fundamental de todas as religiões – incluindo a nossa própria – é levar o homem para mais perto de Deus e de modificar o seu caráter, o que é da máxima importância. Demasiada ênfase, com freqüência, é colocada nos aspectos sociais e econômicos dos Ensinamentos, não é possível, no entanto, enfatizar suficientemente o aspecto moral.
(De uma carta datada de 6 de setembro de 1946, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente)


O Efeito do Exemplo

A melhora do mundo pode ser realizada através de ações puras e boas, de conduta louvável e digna.
(Bahá’u’lláh, citado em “O Advento da Justiça Divina”, p. 39)

... Que vossos atos sirvam de guia para toda a humanidade, pois o que é professado pela maioria dos homens, sejam de alto grau ou humildes, difere de sua conduta. É pelas vossas ações que vos podeis distinguir dos outros. Por meio delas pode o brilho de vossa luz irradiar-se sobre toda a terra. Feliz o homem que atende a Meu conselho e observa os preceitos dAquele que é o Onisciente, a Suma Sabedoria.
(“Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh”, seção CXXXIX, p. 190)

Estes são os dias para tornar a Causa divina vitoriosa e lhe prestar ajuda efetiva! A vitória da Fé de Deus é dependente do ensino; e o ensino é condicionado a ações justas e atos e condutas virtuosos. A pedra fundamental de uma vida vivida no caminho de Deus é a procura de excelência moral e a aquisição de um caráter dotado de qualidades que são benquistas a Seus olhos. Os bahá’ís devem se adornar com esta indumentária sagrada; com esta poderosa espada devem conquistar as cidadelas dos corações dos homens. As pessoas estão cansadas e impacientes com retórica e discurso, com pregações e sermões. Hoje em dia, a única coisa que pode libertar o mundo de seu sofrimento e atrair os corações de seus povos, são ações, não palavras; exemplo, não preceito; virtudes santificadas, não declarações e decretos emitidos por governos e nações sobre assuntos sócio-políticos. Em todos os assuntos, grandes ou pequenos, a palavra tem que ser o complemento da ação, e a ação companheira da palavra: cada uma deve suplementar, apoiar e reforçar a outra. É neste aspecto que os bahá’ís têm que buscar distinção.
(De uma carta datada de 8 de dezembro de 1923, escrita por Shoghi Effendi aos bahá’ís de Bombaim, traduzida do persa)

É primordialmente através da potência de ações e caráter nobres, e não pelo poder de elucidação e de provas, que os amigos de Deus devem demonstrar ao mundo que aquilo que tem sido prometido por Deus está fadado a acontecer, que já está acontecendo e que as boas-novas divinas são claras, evidentes e completas. Pois a menos que algumas almas ilustres avancem até a arena de serviço e brilhem resplandecentes na assembléia dos homens, a tarefa de vindicar a verdade desta Causa ante os olhos de pessoas esclarecidas seria, na verdade, tremenda. Entretanto, se os amigos se tornarem personificações de virtude e bom caráter, palavras e argumentos serão supérfluos. Suas próprias ações bem servirão como testemunhos eloqüentes e sua conduta nobre assegurará a preservação, integridade e glória da Causa de Deus.
(De uma carta datada de 19 de dezembro de 1923, escrita por Shoghi Effendi aos bahá’ís do Oriente – traduzida do persa)

Não há dúvida que o padrão de imaculada castidade inculcado por Bahá’u’lláh em Seus ensinamentos somente pode ser alcançado pelos amigos quando se postam firme e corajosamente como inflexíveis seguidores do modo de vida bahá’í, plenamente conscientes de que representam ensinamentos que são a própria antítese das forças corrosivas que estão tão tragicamente destruindo a estrutura dos valores morais do homem. A tendência atual na sociedade moderna e seu conflito com nossos desafiadores princípios de conduta moral, longe de influenciar os crentes a transigir sua resolução de aderir invariavelmente aos padrões de pureza e castidade lhes apresentados por sua Fé, deve estimulá-los a desincumbirem-se de suas obrigações sagradas com determinação e, assim, combater as forças malignas solapando as fundações da moralidade individual.
(De uma carta datada de 22 de maio de 1966, escrita pela Casa Universal de Justiça a um crente)

É tarefa desafiadora dos bahá’ís obedecer a lei de Deus em suas próprias vidas e, gradualmente, conseguir a aceitação dela pelo resto da humanidade.
Ao considerar o efeito da obediência às leis em vidas individuais, deve-se ter em mente que o propósito desta vida é o de preparar a alma para a próxima vida. Aqui, deve-se aprender a controlar e direcionar os seus impulsos animais, e não de ser um escravo deles. A vida neste mundo é uma sucessão de testes e realizações, de frustrações e de realizar novos progressos espirituais. Algumas vezes o caminho pode parecer muito difícil, mas pode-se testemunhar, muitas vezes, que a alma que obedece firmemente à lei de Bahá’u’lláh, por mais difícil que possa parecer, cresce espiritualmente, enquanto que aquele que transige a lei no interesse de sua própria aparente felicidade, vê-se perseguindo uma quimera: não alcança a felicidade que procurou, retarda seu progresso espiritual e, muitas vezes, atrai para si mesmo novos problemas.
(De uma carta datada de 6 de fevereiro de 1973, escrita pela Casa Universal de Justiça a todas as Assembléias Espirituais Nacionais, publicada em “Uma Nova Raça de Homens”, p. 10)

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